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O Luto

  • luzukaalves
  • 14 de ago.
  • 1 min de leitura

Perder um ente querido é uma experiência profunda que impacta toda a família, exigindo uma reorganização dos vínculos e dos papéis dentro do sistema familiar. Na abordagem das constelações familiares, entende-se que quem parte não sai do sistema, apenas muda de lugar, tornando-se um ancestral que continua presente e atuante na vida daqueles que ficam, desde que sua memória seja honrada e reconhecida.


Após a perda, é comum que surjam mudanças nas relações e na dinâmica familiar, por vezes acompanhadas de resistências para aceitar a partida ou a dificuldade de deixar o falecido “seguir seu caminho”. Essas resistências precisam ser acolhidas e compreendidas para que o processo de luto possa fluir de forma saudável. O luto, nesse contexto, é visto como um movimento de amor que honra a conexão existente, e é importante que ele aconteça naturalmente para conduzir à aceitação e à gratidão pelo que foi vivido, em vez de carregar a perda como um peso que paralisa.


O papel do facilitador das constelações é perceber as questões profundas que muitas vezes não são aparentes, apoiando a família a encontrar o movimento necessário para restaurar o fluxo da vida, seja através do reconhecimento do falecido ou da aceitação do seguimento da vida e isso só é possível quando abrimos o campo. Integrar a perda de maneira consciente e amorosa permite que ela se transforme em fonte de força e sabedoria, fortalecendo quem ficou e criando um equilíbrio saudável entre memória e continuidade. Dessa forma, a morte não encerra os vínculos, apenas modifica sua expressão dentro do sistema familiar, possibilitando que tanto os vivos quanto os mortos encontrem seu lugar de paz e dignidade.



 
 
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